A ARTE DA GUERRA - anotações e reflexões
A ARTE DA GUERRA
Não é segredo que, apesar do
infindável número de livros sobre administração e negócios, a sabedoria de A
Arte da Guerra, de Sun Tzu, ainda é amplamente considerada e estudada. Se você
entender as noções da “guerra” e do “inimigo” como uma metáfora, essas noções
podem receber o título de “Como ser bem sucedido nos negócios” e podem se
transformar em um manual de negócios. Aqui estão algumas idéias parafraseadas
que são igualmente aplicáveis ao mundo contemporâneo dos negócios, assim como
elas eram aplicáveis em um campo de batalha da Antiguidade. Um verdadeiro
guerreiro:
·
Ao atribuir responsabilidades, avalia as forças
e as fraquezas de sua equipe e encontra a pessoa certa para a tarefa.
·
Conhece a si mesmo.
·
Conhece tudo o que pode sobre a competição,
empregando todos os recursos disponíveis para conseguir e analisar informações.
·
É consistente. Ele quer dizer o que fala e fala
o que quer dizer.
·
É pró-ativo.
·
É sempre adaptável a qualquer situação.
·
Está sempre preparado, como um escoteiro.
·
Estabelece um sistema de recompensas e
penalidades para sua equipe.
·
Explora as falhas de caráter do oponente.
·
Faz com que seu oponente sinta raiva enquanto
permanece calmo. A raiva turva o julgamento do adversário.
·
Faz-se de bobo para criar um sentido falso de
superioridade da parte do oponente.
·
Nunca permite que o inimigo saiba o que ele está
pensando.
·
Pensa com ampla perspectiva.
·
Sabe que quando há lamentações entre as tropas
(ou fofocas negativas no escritório), isso significa problemas.
·
Sabe que se ele tratar seus soldados (ou
empregados) como família, eles o seguirão a toda a parte.
·
Usa um discurso rápido e retórico para confundir
o inimigo.
·
Vence por meio da intimidação.
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SSeja Invencível — Comentário do Empresário
Estabeleça forças
quando puder tirar vantagem das
oportunidades.
Os
prêmios de invencibilidade nos negócios americanos vão para
empresas como a Microsoft, com sua atitude de não tomar ninguém como prisioneiro;
a McDonald’s, que está em toda parte; e a Starbucks, que ocupa a posição mais
alta entre quem comercializa café para gourmets. E a lista prossegue.
Uma característica comum dessas empresas
de ponta é um
líder e fundador forte que estabeleceu a sua direção e manteve
a companhia nos eixos. Empresas fortes são fundadas por indivíduos fortes —
quando eles as deixam, a marca de sua cultura
se torna a essência do futuro da organização.
Na Ogilvy & Mather, o fundador David
Mather estabeleceu a prática de mandar para cada novo chefe de filial uma
coleção de bonecas de madeira dentro de um ninho — ao se
abrir cada boneca há uma réplica menor em seu interior. Dentro da menor de
todas há uma mensagem: “Se cada um de
nós contratar pessoas que são menores, acabaremos nos tornando uma empresa de
anões; mas se cada um de nós contratar pessoas maiores, a Ogilvy & Mather
se tornará uma empresa de gigantes.”1
A liderança pessoal está onde a “arte”
assume o controle para
regular a aplicação da ciência. Isso não quer dizer que os princípios sejam
ignorados, mas que o líder bem-sucedido entende
como deve aplicar apropriadamente tais princípios.
O sucesso final da empresa depende da
inspiração e da
liderança do executivo que está no nível mais alto. Usando a
autoridade que a posição impõe, o líder sênior pode desencadear eventos que
farão transbordar mudanças através de
toda a empresa. Efetivar essas mudanças e fazê-las dar certo
requer um estilo de liderança completamente diferente do velho paradigma.
Nenhum líder faz isso sozinho. Como
afirma Kets de Vries
em Life
and Death in the Executive Fast Lane: “O descarrilamento
de um diretor executivo raramente é provocado por uma falta
de informação sobre as últimas técnicas de marketing, finanças
ou produção; mas pela falta de habilidades interpessoais — uma
falha em obter o melhor das pessoas que possuem a informação
necessária.”
A Coca-Cola possui um funcionário
graduado encarregado
da chefia de aprendizado cuja função é descobrir como institucionalizar a
partilha de experiências entre escritórios de filiais,
países e pessoas e transformar a Coca numa “empresa de aprendizado”. “A
capacidade de aprender mais rápido do que seus
concorrentes pode logo se tornar a única vantagem competitiva
sustentável”, afirma Arnie De Geus, chefe de planejamento da
Royal Dutch Shell.2
fonte:
SUN-TZU: a arte da guerra para gerentes / Gerald A.
Michaelson; tradução de Heitor Pitombo. – 9a. ed. – Rio de Janeiro: Record,
2005 (p.68-69)
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SUN TZU PARA O SUCESSO
·
“Quem conhece os outros é um sábio.
Quem conhece a si mesmo é um iluminado”. LAO TSÉ
Seja você mesmo
Busque a clareza – conheça a si mesmo.
O autoconhecimento é a base do sucesso.
A integridade é uma fonte poderosa para o sucesso.
A integridade moral é o alicerce da sua reputação.
Ou você é integro ou não é.
Ouvir é aprender.
Pratique a arte de saber ouvir.
As perguntas dão as respostas.
Não abuse do poder.
Não “feche as portas”.
Não faça aos outros aquilo que não quer que façam a você.
Equilibre a autoconfiança com a sabedoria.
Trabalhe para fazer a coisa certa.
Isso se chama coragem.
A disciplina é nossa aliada.
A disciplina transforma boas pessoas em ótimas pessoas.
A autodisciplina requer disciplina.
Pense e seja criativo.
Vá além do senso comum.
Libere a sua energia criativa.
Busque o alto padrão.
Faça um trabalho diferenciado.
Estabeleça novos padrões de excelência.
A qualidade é melhor do que a quantidade.
A ignorância eloqüente é fatal.
Arranje um guru, um treinador e um patrocinador.
Conheça sua área de atuação,
Expanda seus horizontes.
Invista tempo e energia no aprendizado: vale a pena.
Estabeleça objetivos de largo alcance.
Solidifique seus contatos.
Trabalhe ativamente em prol da sua rede social.
Desenvolva uma visão individual.
Traduza-a em imagens nítidas.
Alcance sucesso por meio de iniciativas estratégicas.
Uma poderosa estratégia vale mais do que um combate renhido.
As inovações favorecem as grandes estratégias.
A estratégia poderosa sai vencedora.
Conheça os seus pontos fortes.
Concentre a sua força contra os pontos fracos do
concorrente.
A concentração deve ser feita num ponto decisivo.
Corrija, primeiramente, os elementos previsíveis.
Em seguida, dedique os recursos para o imprevisível.
Uma forma desleixada denigre o conteúdo.
Seja quem você realmente é.
Cultive sólidos relacionamentos profissionais.
Aprimore o conhecimento para reforçar a sua posição.
Forme uma equipe.
Compartilhe de uma causa comum.
O trabalho em equipe traz as melhores respostas.
Produza um impacto nos outros, mas de forma agradável.
Conquiste as outras pessoas oferecendo vantagens reais.
Parta para as grandes inovações.
Tenha em mente que todo plano é um plano de ação.
O plano que não é posto em prática é uma perda de tempo.
A ação sem planejamento é uma receita certeira para o
fracasso.
Tome a iniciativa da ação.
Desenvolva o senso de oportunidade.
Mantenha-se em constante movimento.
Imponha datas para cada ação.
Desenvolva o sentimento de urgência.
Siga em frente e faça o trabalho até o fim.
Nosso inimigo é o tempo para tomar uma decisão.
A liberdade de ação nasce da força.
Manter-se em movimento é mais fácil do que entrar em
movimento.
Alcance o primeiro sucesso.
Ele servirá de alavanca para o próximo nível da sua
carreira.
Tire o máximo proveito de todas as oportunidades.
A implementação seqüencial requer persistência a cada passo
dado.
A implementação cumulativa requer persistência para darmos
os passos sem conexão aparente um com o outro.
A implementação simultânea requer a persistência para a
execução de medidas rápidas numa frente ampla.
Busque o bem estar físico e mental.
Isso requer um plano e disciplina.
Entre em ação.
Você tem valor.
Consolide as suas conquistas.
O sucesso é a catapulta para o próximo nível.
Não entre numa briga que você não possa ganhar.
Aumente as chances de vitória para o seu lado.
Travar muitas batalhas políticas pode ser um convite para o
desastre.
Identifique o oponente.
Conheça a personalidade dele.
Garanta que você não é o inimigo de si mesmo.
Concentre as forças num ponto único.
Planeje um ataque surpresa.
Continue fazendo o que dá certo até que a inovação funcione
melhor.
Não demore a entrar em ação.
Desequilibre a situação a seu favor.
Utilize a velocidade e a perícia nas manobras para ganhar.
CINCO CAIXAS - VÁ ALÉM DO COMUM
E nos ensinado o que já se conhece. Quase nunca, porém, aprendemos sobre o
desconhecido,
e
menos ainda sobre o que pode ser conhecido.
—
Ralph E. Gormy
Para fazer os seus
subordinados sentirem a necessidade de buscar o “desconhecido” e o “que pode
ser conhecido”, o chefe de uma grande empresa, durante uma apresentação,
desenhou uma série de caixas, uma contendo a outra.
A primeira caixa foi
chamada “Nossa experiência profissional”.
Sobre ela, a empresa tinha conhecimento total.
A segunda caixa, que
continha a primeira, foi chamada de "Nossos
fornecedores e clientes”. Sobre ela se tinha um conhecimento razoavelmente
grande.
A terceira caixa,
contendo as outras duas, foi chamada de “Empresas
do nosso ramo”. Sobre ela, chamou a atenção o chefe, o conhecimento de sua
equipe era bem menor.
A caixa seguinte,
contendo as outras três, foi chamada de “Empresas
de fora do nosso ramo”. Sobre ela, o chefe expressou clara preocupação,
havia uma nítida falta de conhecimento por parte de sua equipe.
A caixa final, contendo
todas as outras, foi enfim chamada de “Todas
as Empresas do Mundo”. Novamente o chefe demonstrou preocupação sobre o
desconhecimento dela por parte da equipe.
O chefe concluiu que
era dever de todos “saírem de dentro da caixa” quando pensassem, expandindo
dessa maneira os horizontes para aumentar o valor da empresa e assegurar novas
fontes de receita. Para que isso ocorresse, ninguém deveria ficar enfurnado em
sua respectiva “caixa”, mas sair dela para encontrar novas oportunidades.
Não é adotando uma
postura acomodada que se vai descobrir novas estratégias fora da “caixa” –
postura que pode ser resumida na frase “Eu vou saber quando a oportunidade
bater à minha porta”. Ao contrário, é somente com uma postura do tipo “Eu vou
buscá-la, sem esperar que ela bata” que iremos conhecê-la e reconhecê-la.
Fonte:
MICHAELSON, Gerald. SUN TZU para o sucesso. Cultrix. São
Paulo, 2011
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