ANOTAÇÕES E COGITAÇÕES ALEATÓRIAS

 

Monge noviço: Mestre, por que me sinto invisível, mesmo dando o meu melhor para todos? Mestre: Porque você está tentando ser notado por quem só olha para si mesmo.  Monge noviço: Mas eu só queria ser aceito… Ser querido.  Mestre: Querido por quem? Por aqueles que te usam e somem quando você precisa?  Monge noviço: Então não vale a pena ser bom?  Mestre: Ser bom não é se sacrificar por quem não se importa. Isso é só autoabandono disfarçado de virtude.  Monge noviço: Mas se eu parar de agradar, vão me rejeitar.  Mestre: Eles já rejeitam. Só te toleram enquanto você serve aos interesses deles.  Monge noviço: E se eu me afastar, vou acabar sozinho.  Mestre: Melhor a solidão verdadeira do que a companhia fingida. O silêncio machuca menos do que a falsidade.  Monge noviço: Como saber quem realmente se importa comigo?  Mestre: Observe quem permanece quando você diz “não”. Quem te ouve quando você chora. Quem te ama mesmo quando você não está se...

  A PRESSA Correr contra o tempo virou virtude. Mas, por trás dessa velocidade, mora o medo de não ser, não ter, não chegar. Quem vive correndo, não vive. Apenas atravessa os dias como quem foge do agora. Segundo os ensinamentos de Buda, estar presente é o único caminho para a liberdade. A pressa é apego disfarçado: ao sucesso, ao controle, à ideia de que algo lá na frente será melhor. E assim, seguimos exaustos, buscando o inalcançável. Quantas vezes você realmente esteve onde estava? Você corre, se apressa, se cobra, mas será que está realmente vivendo? A pressa parece virtude, mas muitas vezes é apenas apego com outro nome, apego ao controle, ao futuro, à ideia de que só lá na frente você poderá, enfim, descansar. ENSINAMENTO DA FILOSOFIA BUDISTA