LEITURAS: Professores e Consultores


LEITURAS: Professores e Consultores
Professores e consultores são leitores vorazes, por gosto, por necessidade. A leitura nestas profissões são como o alimento e como o ar, nos mantém vivos e também nos dão mobilidade de idéias e flexibilidade mental.
Frequentemente cotejamos as teorias com a realidade e práticas com que nos deparamos nas empresas.
Com alunos dialogamos, provocamos, estimulamos e desenvolvemos argumentos e raciocínios. Com gestores ouvimos suas expectativas, dificuldades e ansiedades num esforço de compreender porque as coisas são como são, porque fazem as coisas como fazem.
Percebemos que alunos e gestores, pelo menos muitos dos que conhecemos, têm em comum aversão à leitura sob duas alegações distintas: - alunos – os livros são caros; gestores – não tem tempo. Frequentemente as duas se somam, andam juntas.
Alunos devem ler o que for indicado pelos seus professores (é evidente que não só as indicações, mês o que lhes interessar e der prazer), eles têm uma boa razão para isso, discutam a indicação, vale a pena.
Gestores devem ler Elton Mayo (1880-1949) e Peter Drucker (1909-2005). Leituras sucintas, que não demandarão muito tempo, mas que ensinarão muito. Existem milhares de teorias de diferentes autores, mas estes dois são altamente recomendados pela abordagem, pela provação no tempo, pela atualidade de suas propostas. O último século foi pródigo em teorias tanto aplicáveis quanto modismos superficiais. Portanto, não é o caso de gastar dinheiro com bobagens.
Recordando as descobertas de Mayo: o sentimento de pertencer a um grupo estimula as pessoas a produzirem mais e com qualidade. É motivador essencial. “Desejo ser visto como um dos bons”. Lição resumida: trabalhadores que tem atenção dos gestores, quando perguntados quais são seus pontos de vista, se sentem tratados como indivíduos, respeitados e seres com inteligência, não apenas como mão-de-obra. Esse comportamento rendeu muitos dividendos para as empresas, e ainda rendem. Todos se sentem bem quando valorizados.
Quanto ao Peter Drucker, em 1969 formulou o termo “economia do conhecimento”. Em 1970 formulou o pensamento “responsabilidade social dos gestores. Disseminou a idéia que mantendo e desenvolvendo clientes um negócio obtém lucro, porque são eles que criam lucros para as organizações. Resumidamente, ensinou que os gestores são responsáveis por estabelecer os objetivos das organizações e das suas equipes; prover e organizar os recursos necessários; estimular o pessoal para o atingimento dos objetivos; monitorar e melhorar o desempenho; desenvolver a si mesmo e ao pessoal. Das muitas assertivas conhecidas e divulgadas pelo mundo empresarial, tem duas que aprecio em particular:
1) Muito do que chamamos de gerenciamento consiste em fazer com que seja difícil para as pessoas trabalharem”.
2) “As reuniões são, por definição, uma concessão a uma organização deficiente. Ou se trabalha, ou faz reuniões. Não dá pra fazer as 2 coisas ao mesmo tempo”.
Lições básicas, mas não tão óbvias, ao que parece.


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