ODISSÉIA, Por quê?
ODISSÉIA,
Por quê?
Odisséia relata uma viagem. O
tema, são as aventuras de Ulisses (nome
latino de Odisseus - original em grego).
Refere-se, usualmente, a uma
viagem cheia de aventuras, eventos extraordinários, peripécias e situações
singulares. Você percebe alguma
semelhança ou analogia com a vida, com a escolha de um curso, de uma profissão ou
de uma carreira? Pois, foi isso que nos inspirou.
Força,
valor, desembaraço, perseverança, fé, resiliência e inteligência são
demonstrados na obra, que é atribuída ao poeta grego Homero (~ 850 - 750 a . C).
Porque nos referimos a um ser
humano que deseja, que tem um sonho, um objetivo claramente definido na mente e
no coração – que parece óbvio e facilmente atingível: retornar à pátria, à
esposa. Não meta, neste caso, porque não pode precisar a data de concretização,
ainda que ao longo do percurso viabiliza os recursos necessários.
No percurso, esse ser humano
sente cansaço, flerta com a morte (em que revê entes queridos e importantes);
com a ilusão; com a curiosidade e com as impropriedades dos outros; com ardis
traiçoeiros dos invejosos ou dos adversários; com a fúria e com os castigos ou
provações impostos pelos deuses.
Odisseus segue resoluto,
determinado, superando diferentes, inusitados e surpreendentes obstáculos. Ele
é astuto e resiliente. Um ser humano que encontrou muitas oportunidades para
desistir ou para se acomodar na ilusão do prazer eterno, de um reino concedido
ou de uma glória fugidia. Mas é inteligente e devotado no seu afeto e, assim,
convicto do seu lugar no mundo.
Isso nos faz pensar na
carreira em “Y”, com suas opções de escalada ocupacional - muito perceptível
hoje quando jovens recém formados almejam o mais elevado posto de uma
organização que nem conhecem, sem ter experiência proporcionada pela vivência
em superar os percalços da trajetória; ou continuidade e aperfeiçoamento do
especialista.
Odisseus já era rei. Empreendeu
e venceu em Tróia, uma vitória que não lhe trouxe honra, apenas a glória, um
reconhecimento que não lhe proporcionou paz de espírito ou sentimento de
realização, às vezes dizemos que alguns sonhos se realizam na forma de um
pesadelo. As recompensas materiais, frequentemente, são despojos que não
satisfazem a alma. Os problemas psicossociais de dos combatentes que retornam.
Retorna porque lá não era o seu lugar.
O recém formado tem
informação, a formação adquirida, carece do processamento, ação inteligente e
dedicada do sujeito que a transforma em conhecimento que demanda aplicação e
utilidade em diferentes contextos e situações. Não é suficiente acreditar que
alguém fez, acertou e por isso está nos livros como fato acabado, certo e
definitivo. As circunstâncias, a vida, as empresas e o mundo mudam em
velocidade, demandas e complexidade.
Sabedoria, não é a
inteligência cristalizada (acadêmica e cultural), nem tampouco a inteligência
fluída (genética); é filha do tempo, do aprendizado e da experiência.
Assim, neste empreendimento
pelo aperfeiçoamento humano, vamos provocar:
- Quem é você?
- Onde eu quero chegar? - Como chegar lá?
- Quais os recursos que disponho? - Quais
os recursos que faltam?
- Estabelecer e alcançar uma meta.
É preciso elucidar o
que se quer com clareza, o que nem sempre é fácil num cenário composto por
ofertas e opções sedutoras. O autoconhecimento é uma das chaves (existem muitas
outras) para qualquer proposta de crescimento-evolução. O planejamento com
método e sistematização constitui ferramenta valiosa na execução do projeto. Suas
escolhas e decisões vem de um tipo superior de pensamento.
O que é, onde fica e o
que tem para mim na Ítaca tão desejada? Esse lócus (significa lugar, em latim, e pode ser usado em diversos sentidos, mas sempre como um local muito bem definido) –
Uma pessoa que tem um lócus predominantemente
interno se sente mais no controle de sua própria vida e exige mais de si mesmo;
uma pessoa com lócus de controle externo sente que fatores externos tem um
controle maior na sua vida, exige mais dos outros, tem uma maior dependência
emocional.
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