TEMPO DE ABSURDOS - LcMoreno

TEMPO DE ABSURDOS

Luiz Carlos Moreno – Cogitações impertinentes

Absurdo é qualquer crença que seja indefensável.

A origem da palavra e grega ‘átopon’, que significa fora de lugar.

Pode-se aplicar o adjetivo a uma coisa, a uma situação, ao caráter de uma pessoa, a um ato.

É comum falar de proposições ou de crenças absurdas.

Pessoas que não pensam, também existem e são eleitas para nosso desgoverno.

Ao que se sabe (evidência científica) Hipócrates, 400 a.C. já receitava chás de folhas e cascas de salgueiro. Hoje conhecemos a aspirina – AAS, a terceira droga (lícita) mais consumida no mundo como analgésico, sintetizada em laboratório em 1899, portanto há, mais de cento e vinte anos. Existem pessoas alérgicas à aspirina, ao leite...

Porque essa gritaria sobre uma vacina que entrou no mercado agora?

Na obra O Mito de Sísifo, Albert Camus (1913 – 1960) explora a noção de ‘absurdo’. Ele se refere a isso como a condição humana sobre na terra e simultaneamente “uma difusa sensibilidade do nosso tempo”.

O absurdo, é a confrontação entre cada um de nós com as nossas exigências de racionalidade e de justiça num universo indiferente.

Sísifo – que foi castigado pelos deuses a empurrar uma pedra montanha acima, e chegando no alto, ela rolava abaixo – representa a condição humana, lutando desesperadamente e impotente para alcançar alguma coisa: trabalho dignidade, vida de qualidade, saúde, respeito, direitos.

Na obra Leviatã, Tomas Hobbes (1588 – 1679), relaciona as causas de se formularem enunciados absurdos são principalmente as seguintes:

- a falta de método ao não estabelecerem as significações dos termos empregados;

- a atribuição de nomos de corpos a acidentes ou de acidentes a corpos;

- a atribuição de nomes de corpos a expressões;

- a atribuição de nomes de acidentes de corpos situados fora de nós aos acidentes dos próprios corpos; o uso de metáforas e figuras retóricas em lugar dos termos corretos;

- e o emprego de nomes que nada significam e se aprendem rotineiramente.

 Absurdo é muito mais insensato do que insignificante. Aquilo que viola as regras da lógica; uma idéia cujos elementos são incompatíveis.

É absurdo o que é contrário ao bom senso ou à razão, à lógica ou à humanidade, como a entendemos.

“A vida não é absurda; ela é somente difícil, muito difícil”, escreveu Arthur Adamov (1908 – 19070), dramaturgo francês.

Absurda ou não, difícil ou não, constatamos que a promiscua união dos políticos acéfalos com os espaços midiáticos, desinforma, nos proporciona uma noção de baixeza, de vulgaridade e do quanto podem complicar em troca dos seus obscuros interesses pessoais.

 

 

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