ATITUDE / AUTORIDADE/ CARÁTER / DEVER / ÉTICA / PESSOA - TEXTOS EM CONSTRUÇÃO

ATITUDE: reação avaliativa, normalmente contrastada com a mera crença, devido à sua conexão mais direta com a motivação e o comportamento.

Um atitude é um estado cuja essência é a satisfação ou a insatisfação ativa com algo que se passa no mundo, e não a mera cognição de que alguma coisa se passa no mundo. 

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997, p.27

AUTORIDADE: (do Latim, Auctoritas). Qualquer poder exercido sobre um homem ou grupo humano por outro homem ou grupo. Esse termo é genérico e não se refere somente ao poder político.

Em geral, autoridade é qualquer poder de controle das opiniões e dos comportamentos individuais ou coletivos, a quem quer que pertença esse poder. 

Podem-se distinguir as seguintes doutrinas fundamentais:1a. O fundamento da autoridade é a natureza; 2a. O fundamento da autoridade é a divindade; 3a. O fundamento da autoridade são os homens, isto é, o consenso daqueles mesmos sobre os quais ela é exercida. 

ABBAGNANO, Nicola, 1901-1990. Dicionário de filosofia. 6a. ed.- São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.  p. 113

AUTORIDADE

Sociólogo: capacidade de impor e obter obediência que uma pessoa detém em um grupo.

Psicólogo: é um traço do caráter com o qual alguns sujeitos resolvem os conflitos. As vezes os problemas de autoridade se reduzem a problemas de liderança.

Jurista: se identifica com o serviço à legalidade com o poder formal, com a submissão à lei, com o imperativo da legalidade.

São autoridade aqueles que servem à legalidade, têm autoridade aqueles a quem as leis puderam à frente da comunidade. 

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000, p.68

CARÁTER: (do Grego: CHARAKTER, de charasso, gravar), é o termo de origem grega que expressa marca, impressão sinal indelével, modo de reagir e de sentir próprio de uma pessoa, traço que a diferencia dos outros, marcando a sua personalidade. 

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000 p.95

DEVER: o que se tem de fazer, ou o que nos pode ser exigido que façamos. O termo está associado ao que é devido a outras pessoas ou, talvez, a nós mesmos. 

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997 p.97

ÉTICA (do grego, ETHOS: caráter). Estudo dos conceitos envolvidos no raciocínio prático: o bem, a ação correta, o dever, a obrigação, a virtude, a liberdade, a racionalidade, a escolha.  

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997p.129


O homem (...) é tarefa para si mesmo.

Ele tem de escolher quem quer ser. 

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000, p.15

HOMEM:

Animal racional. Sob esta acepção se compreende todo o gênero humano. 

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000 p.381

IDENTIDADE PESSOAL: o fato de que a pessoa considere a si mesma em diferentes momentos do tempo e lugares do espaço. 

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000p. 402 - 403

INDIVÍDUO: como sinônimo de singular, único, particular ou irrepetível. 

 VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000p.418

PESSOA: deriva da palavra grega PRÓSÔPON, que era a máscara dos atores. 

BOÉCIO: é substância.

RICARDO DE SÃO VITOR: é existência.

TOMÁS DE AQUINO: é subsistência.

RENÉ DESCARTES: é coisa pensante (res cogitans).

IMMANUEL KANT: sujeito fenomênico.

PERSONALISMO: é relação.

"A pessoa é um ser espiritual constituído como tal por uma forma de substância e de independência do seu ser; mantém esta subsistência com a sua adesão a uma hierarquia de valores livremente adotados, assimilados e vividos em compromisso responsável e em constante conversão; unifica assim toda a sua atividade na liberdade e desenvolve por acréscimo, impulsos de atos criadores, a singularidade de sua vocação".  EMMANUEL. MOUNIER (1905 - 1950) Filósofo francês

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000 p,594

PRIVACIDADE: a conduta privada é aquela que não diz respeito ao público e, em particular, à instituição pública legal. A informação privada sobre uma pessoa seria aquela a que não pode haver direito de acesso público. 

O direito à privacidade está intimamente relacionado com o direito ao amor-próprio, estando as invasões de privacidade relacionadas com a vergonha e a indignidade. 

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997 p 316


PRUDÊNCIA ou SABEDORIA (do Latim: Sapientia, Prudentia): em geral a disciplina racional das atividades humanas; comportamento racional em todos os domínios ou virtude de determinar o que é bom e o que é mau para o homem. O conceito refere-se tradicionalmente à conduta racional nas atividades humanas, ou seja, à possibilidade de dirigi-las da melhor maneira.

Não é o conhecimento de coisas elevadas e sublimes, afastadas da humanidade comum, o que é expresso por sapiência, mas o conhecimento das atividades humanas e da melhor maneira de conduzi-las. 

ABBAGNANO, Nicola, 1901-1990. Dicionário de filosofia. 6a. ed.- São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012. p.1021

Platão: sabedoria prática (República);

Aristóteles: hábito prático verdadeiro, acompanhado de razão, com relação às coisas boas e más para o homem (Ética à Nicômaco). 

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000 p.627


RESPEITO. Sentimento de reconhecimento, próprio do âmbito interpessoal, embora, possa estar se referindo, intencionalmente não apenas ao pessoal.

Aquele que guarda respeito ou que tem respeito é aquele que, dito de maneira aproximativa, fixa a vista em, olha por, considera, toma em consideração, pensa em, atenta para alguma coisa ou alguém, etc.

Trata-se de um sentimento de consideração e reconhecimento de um valor intrínseco, para com uma pessoa, para com algo em geral, para com uma lei.

O respeito implica pois este reconhecimento, de valor intrínseco, uma obrigação aceita.

O respeito é a forma prática e ética adotada pela simpatia.

Podemos nos perguntar: o que devemos respeitar? O que é digno de respeito?

Aquilo que exige respeito, e, portanto, pede também responsabilidade, é basicamente, embora não apenas, a pessoa.

A pessoa é digna de respeito em todas as suas abordagens.

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000 p.656


RESPONSABILIDADE: diz-se de uma pessoa que é responsável quando está obrigada a responder por seus próprios atos. 

MORA, José Ferrater, 1912 - 1991. Dicionário de filosofia. (Tomos IV Q-Z) 2a. ed. - São Paulo: Loyola, 2004 

RESPONSABILIDADE: A responsabilidade da pessoa supõe a atribuição de responsabilidades morais (e no caso, jurídicas) aos seus comportamentos e ações.

Isto significa que tais atuações surgem realmente da liberdade dos indivíduos, embora ela possa estar limitada ou condicionada.

Se a liberdade estivesse totalmente determinada (quer pelos deuses ou pelo destino ou, nas suas versões modernas, pela situação econômico-social ou pela estrutura pulsional...) não teria sentido atribuir ou pedir responsabilidades. Tratar-se-ia apenas de constatar fatos e explicar comportamentos e tendências.  

VILLA, Mariano Moreno. Dicionário de pensamento contemporâneo. – São Paulo: Paulus, 2000 p.657

nota: pulsional ( pertencente a comportamento, ou processo psíquico, que é fortemente emocional, impulsivo e essencialmente irracional, e que é uma função direta do id ou dele derivado).


 

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