SÊNECA (4 a.C. – 65 d.C.). A vida feliz, 58 d.C. - anotações de leitura

LUCIUS ANNAEUS SÊNECA (4 a.C. – 65 d.C.). A vida feliz, 58 d.C.

“O homem deveria ser sacro para o homem, mas, agora, é objeto de matança por mero jogo de deleite”.

 

“Argumentum pessimi turba est”: A multidão é argumento (a favor) do pior.

 

“Qualquer tipo de perversidade resulta de alguma deficiência”.

 

“Onde há um ser humano, aí, há possibilidade de fazer o bem”.

 

Et ipsam ut deos ac professores eius ut antistites colite”: “A ela como aos deuses e aos seus oráculos quais sacerdotes, venerai”.

O termo “professor” correspondia ao significado de oráculo, isto é, quem fala em nome da divindade e por isso está a serviço dela.

 

“De todas as coisas que a sabedoria proporciona para a felicidade, a maior é a aquisição da amizade”.

"A grande maioria dos homens, no começo da navegação, não pensa em tempestade". A tranquilidade da alma.


"Aquele que pode ferir um, pode ferir os outros". PÚBLIO CORNÉLIO CIPIÃO, citado por SÊNECA, A tranquilidade da alma.

ALTERNAR RECOLHIMENTO E VIDA SOCIAL - É necessário e muito o recolhimento para dentro de si. A comunicação com gente de outro nível perturba nosso equilíbrio, renova paixões e excita debilidades latentes e tudo quando não está bem curado. Eis que devem ser mescladas essas duas coisas, a saber, solidão e sociabilidade, mas com alternância entre elas. Esta desperta o desejo de vida com os outros. Aquela, conosco mesmos. Assim uma é medicina da outra. A solidão cura o horror à turba e esta sana o tédio daquela". A tranquilidade da alma.

LI BER (para os romanos) ou BACO (para os gregos) foi denominado o inventor do vinho não por causa da liberdade que comunica à língua e, sim, porque libera o espírito da escravidão dos afazeres e fortalece, dando-lhe mais vigor e audácia para novos projetos. A tranquilidade da alma.


"O que se exige do ser humano é que seja útil a seus semelhantes e a muitos, se possível. Caso não, a poucos então. Se nem a esses, então aos mais próximos e, em última hipótese, a si mesmo. Ao fazer-se útil para os outros, finda por ativar um empreendimento comunitário. Assim como quem se deteriora prejudica não só a si mesmo, mas também a todos aqueles aos quais poderia auxiliar caso fosse melhor, quem se aperfeiçoa só por isso já beneficia os outros porquanto prepara que vai beneficiá-lo no futuro". SÊNECA, A vida retirada

 

 

 

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