O tao no trabalho - STANLEY M. HERMAN - anotações de leitura
Muitas pessoas são partidárias reflexivos. Elas comparam, contrastam e formam instantaneamente opiniões contra ou a favor de tudo o que aparece diante delas. Abraçam causas e tomam posições. Arregaçam as mangas por questões políticas, sociais, econômicas, éticas e por outras pessoas. Quando um partidário reflexivo assume uma posição ou escolhe um lado, isso se torna a bandeira de seu ego. Seu próprio sentimento pessoal de vitória ou de derrota, valorou falta de valor, passa a depender de sua causa.
É melhor não estabelecer uma posição
logo de início ou defendê-la de modo excessivamente inflexível. Com o decorrer
do tempo, haverá mais para ver do que aquilo que se pode enxergar no momento —
mas só se seus olhos ficarem abertos.
O caminho mais sábio é fazer uma pausa
para identificar a base para outras opiniões na sequencia gradual de
acontecimentos antes de escolher uma posição. Se puder, examine a própria sequência.
Levar em consideração todas as opiniões vai torná-lo capaz de controlar melhor
a área de discussão.
Fonte:
HERMAN,
Stanley M. O tao no trabalho. Rio de Janeiro: Campus, 1995. p.2
Sejam
quais forem as condições, um líder de valor percebe que suas
ligações com aqueles que lidera, com aqueles que o lideram e com a situação que
enfrenta são perfeitas.
Um bom
líder sabe também que não deve fazer aqueles que lidera retrocederem demais,
nem exigir abruptamente deles aquilo que desconhecem ou que não se sentem à
vontade para fazer. O ego e a compulsão para o controle são inimigos da boa
liderança. Assegurar sua posição denegrindo a oposição é uma atitude de uso
limitado. Uma clamorosa afirmação de sua importância e de sua posição pode ser
estimulante, mas pode também imobilizar sua capacidade de manobra.
Cuidado
com o líder cujo brilho é intenso demais. Ele pode deslumbrar por algum tempo,
mas quando seu fulgor se desvanece, aqueles que não iluminaram seu próprio
caminho ficarão no escuro. Um vento forte só impulsiona o que está diante dele
quando sopra incessantemente. Não confere sua energia a coisa nenhuma, mas
apenas se esgota e esgota a força dos objetos. Quando para de soprar, o que
está adiante para de se mover. O mesmo acontece com um líder avassalador.
Fonte:
HERMAN,
Stanley M. O tao no trabalho. Rio de Janeiro: Campus, 1995. p.11
Em nossos
tempos, perguntas sobre certo e errado
ou bom e mau raramente são feitas. Em vez disso, o que predomina são perguntas
sobre legalidade. Mas a legalidade só define margens, dentro das quais as
pessoas exibem sua arte de se esquivar e seu talento para a manipulação. Regras
e leis não corrigem as pessoas ou tornam-nas mais éticas. Nem uma caridosa
orientação torna-as generosas. Nem a adesão a códigos de lealdade e dever
torna-as honradas.
Fonte:
HERMAN,
Stanley M. O tao no trabalho. Rio de Janeiro: Campus, 1995. p.28
Nas práticas
de gerência, a simplicidade está desfrutando de um ressurgimento. Um bom líder fará também ressurgir sua
própria simplicidade.
Reduza as
camadas hierárquicas e os detalhes de política; e estimule as pessoas a
encontrarem seus melhores caminhos. Restrinja a produção de dados e treine as
pessoas para se concentrarem no que é importante. Corte a quantidade de grupos
de trabalho e estimule as pessoas a assumirem responsabilidades. Situe mais
abaixo o nível de aprovação e os que ficarem acima desse nível poderão cuidar
de suas principais ocupações.
Dispense o
excesso de formalidade e rituais e as pessoas encontrarão sua recompensa
concentrando-se na substância.
Fonte:
HERMAN,
Stanley M. O tao no trabalho. Rio de Janeiro: Campus, 1995. p.28-29
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